Sinopse
Havia um mundo peculiar, escondido no meio de infinitas galáxias, chamado Risup. Nesse mundo existia uma grande ilha, onde não havia guerras nem atentados terroristas. Havia um reino com uma história diferente. Era o reino do Rei João, o rei mais pacífico, mais justo e mais idealista que naquela grande ilha alguma vez se conhecera. Só que esse rei tão pacífico, justo e idealista tem uma inimiga imortal. Na semana da sua coroação João é arrastado para o meio de uma batalha em que se decidiria o rumo do mundo. Nessa batalha enfrenta a sua inimiga e é lhe lançada uma maldição que passaria para os seus descendentes para todo o sempre. Quando descobre que a única coisa que o impede de ser morto pela maldição é lhe roubada, parte em busca da sua cura e, sem se aperceber, do seu passado. Será que João voltará com vida a casa da sua viagem? Será tudo em que acredita verdadeiro?
Havia um mundo peculiar, escondido no meio de infinitas galáxias, chamado Risup. Nesse mundo existia uma grande ilha, onde não havia guerras nem atentados terroristas. Havia um reino com uma história diferente. Era o reino do Rei João, o rei mais pacífico, mais justo e mais idealista que naquela grande ilha alguma vez se conhecera. Só que esse rei tão pacífico, justo e idealista tem uma inimiga imortal. Na semana da sua coroação João é arrastado para o meio de uma batalha em que se decidiria o rumo do mundo. Nessa batalha enfrenta a sua inimiga e é lhe lançada uma maldição que passaria para os seus descendentes para todo o sempre. Quando descobre que a única coisa que o impede de ser morto pela maldição é lhe roubada, parte em busca da sua cura e, sem se aperceber, do seu passado. Será que João voltará com vida a casa da sua viagem? Será tudo em que acredita verdadeiro?
Comentário da Autora
Era uma vez um rei cuja chave é roubada. Este rei entra em pânico e corre o seu reino em busca da chave. Até que encontra um sapo falante que lhe diz: devolvo-te a chave se me arranjares uma princesa para eu me casar. O rei concorda e vai ter com o rei vizinho. É lhe então dito: dou-te a minha filha se recuperares o meu cavalo. O rei lá concorda. Parte em busca do cavalo. Encontra o cavalo. Mas o grupo de ladrões quer uma flor. E a flor não cresce em lado nenhum naquelas terras. É muito rara. O rei, desesperado, aceita. Desesperado, o rei encontra a flor. Ligeiramente menos desesperado, troca a flor pelo cavalo. Mais calmo, troca o cavalo pela princesa. A ficar entusiasmado, troca a princesa pela chave. E finalmente, cheio de entusiasmo, abre a caixa que a chave abre apenas para ver a sua roca de bebé.
Esta é história da qual A Chave Verde nasceu. Três folhas A4 escritas há mais de uma década por uma criança que pensava que os livros simplesmente apareciam assim, exatamente como os via. Com o tempo que ia passando e à medida que eu própria ia crescendo, também cresceu esta história e se modificou. Antes era um pequeno texto sobre um rei que procura uma chave mas hoje é um livro também sobre encontrar o passado, superar desafios e descobrir que por vezes nem tudo é o que parece. É um livro que me ensinou a querer aprender e descobrir mais não só sobre o mundo real mas também sobre o mundo da fantasia. Ainda hoje descubro coisas novas neste mundo que criei há tantos anos, ainda hoje escrevo mais pedaços de história, mais episódios para desvendar mistérios que encontro sempre que releio esta história. De onde veio esta personagem, porque aconteceu isto assim, entre outras questões. Foi com A Chave Verde que aprendi que as histórias têm vida própria e não se tornam aquilo que o escritor quer que elas sejam. Ainda hoje olho para esta história e penso, isto poderia ter acontecido de outra maneira, não podia? Mas cada vez que penso isso, também penso: não, não podia. Isto acontece assim, porque tem de acontecer, porque os personagens não conseguem reagir de outra forma. Isto acontece assim porque o mundo desta história o quer. E este mundo não existiria sem muita gente.
Era uma vez um rei cuja chave é roubada. Este rei entra em pânico e corre o seu reino em busca da chave. Até que encontra um sapo falante que lhe diz: devolvo-te a chave se me arranjares uma princesa para eu me casar. O rei concorda e vai ter com o rei vizinho. É lhe então dito: dou-te a minha filha se recuperares o meu cavalo. O rei lá concorda. Parte em busca do cavalo. Encontra o cavalo. Mas o grupo de ladrões quer uma flor. E a flor não cresce em lado nenhum naquelas terras. É muito rara. O rei, desesperado, aceita. Desesperado, o rei encontra a flor. Ligeiramente menos desesperado, troca a flor pelo cavalo. Mais calmo, troca o cavalo pela princesa. A ficar entusiasmado, troca a princesa pela chave. E finalmente, cheio de entusiasmo, abre a caixa que a chave abre apenas para ver a sua roca de bebé.
Esta é história da qual A Chave Verde nasceu. Três folhas A4 escritas há mais de uma década por uma criança que pensava que os livros simplesmente apareciam assim, exatamente como os via. Com o tempo que ia passando e à medida que eu própria ia crescendo, também cresceu esta história e se modificou. Antes era um pequeno texto sobre um rei que procura uma chave mas hoje é um livro também sobre encontrar o passado, superar desafios e descobrir que por vezes nem tudo é o que parece. É um livro que me ensinou a querer aprender e descobrir mais não só sobre o mundo real mas também sobre o mundo da fantasia. Ainda hoje descubro coisas novas neste mundo que criei há tantos anos, ainda hoje escrevo mais pedaços de história, mais episódios para desvendar mistérios que encontro sempre que releio esta história. De onde veio esta personagem, porque aconteceu isto assim, entre outras questões. Foi com A Chave Verde que aprendi que as histórias têm vida própria e não se tornam aquilo que o escritor quer que elas sejam. Ainda hoje olho para esta história e penso, isto poderia ter acontecido de outra maneira, não podia? Mas cada vez que penso isso, também penso: não, não podia. Isto acontece assim, porque tem de acontecer, porque os personagens não conseguem reagir de outra forma. Isto acontece assim porque o mundo desta história o quer. E este mundo não existiria sem muita gente.
Excertos do Capítulo 1
"Havia um mundo peculiar, escondido no meio de infinitas galáxias, chamado Risup. Nesse mundo existia uma grande ilha, onde não havia guerras nem atentados terroristas. Havia um reino com uma história diferente. Era um reino onde reinava a alegria, a despreocupação e o pacifismo. Era o reino de João, o rei mais pacífico, mais justo e mais idealista que aquela grande ilha alguma vez conhecera. Esse jovem rei, tinha cabelos castanhos e olhos verdes, era alto e magro. Enfrentava qualquer desafio que lhe fosse imposto: o maior desafio até agora foi o de se tornar rei de parte do antigo reino de um feiticeiro. Na fronteira desse reino havia um vasto bosque de altos pinheiros, abetos, eucaliptos e muitas outras espécies de árvores, cujas copas eram de todas as formas, feitios e tamanhos imagináveis."
"(...)
Na cómoda, abriu a primeira gaveta e do fundo, tirou um envelope. Este já estava aberto e lá dentro encontrava-se uma carta que João já tinha lido várias vezes. Era uma carta com um carinho especial para ele. Abriu a carta e viu a letra da mãe escrita nela. No final da carta, estava a combinação de números e letras codificadas.
«1-15-0-3-15-14-20-18-1-18-9-15 Bg_ic»
Se fosse a primeira vez que via aquela carta, levaria o da todo a encontrar a solução. Mas não. Já tinha desvendado esta combinação há muito tempo, quando era adolescente. A solução encontrava-se escrevinhada na sua antiga letra, redonda e grande:
«Ao contrário 2-7-0-9-3»
(...)"
"(...)
De repente, o rei virou-se para a porta com os olhos arregalados, como quem tinha recebido uma notícia há muito esperada mas não acreditava no que ouvia. Este, que também pensava em repreender o criado pela sua desobediência, ficou ainda mais surpreendido quando viu que foi o comandante a desobedecer.
- Peço desculpa pela minha intrusão, majestade. Achei que devia saber da chegada do nobre o mais depressa possível. Aceitarei o castigo que lhe aprouver, majestade.
- Não, não irás receber castigo nenhum. Muito bem, que informação referiste há pouco? É sobre a minha chave?
- Sim, é sobre a chave de esmeralda que abre a caixa de sua majestade. Uma criatura terrestre trouxe a informação. Uma ninfa, segundo eu ouvi dizer. Ainda não tive oportunidade de a ver. A criatura disse ao nobre que revelaria quem tem a chave de esmeralda com a condição de ter uma audiência com sua majestade.
- Será deveras interessante falar com uma ninfa. Sempre pensei que a sua espécie estava extinta… Diz-lhe que aceito a sua condição.
O comandante saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Atravessou corredores, desceu escadarias, deu ordens aos criados e aos guardas do castelo, até que chegou ao salão. Este estava bastante iluminado, apesar das cortinas fechadas não deixarem passar a parca luz do sol escondido pelas nuvens e só haver duas velas acesas por cada mesa. O comandante da guarda real olhou para a fonte daquela imensa luminosidade. Surpreendeu-se ao ver uma criatura estranhamente parecida com uma humana a flutuar por cima de uma pequena mesa redonda, situada num dos cantos do salão mais afastados da porta. O comandante aproximou-se da pequena mesa.
A criatura tinha os olhos fechados. Parecia estar sentada de pernas cruzadas em cima de uma estrutura invisível.
(...)"
"Havia um mundo peculiar, escondido no meio de infinitas galáxias, chamado Risup. Nesse mundo existia uma grande ilha, onde não havia guerras nem atentados terroristas. Havia um reino com uma história diferente. Era um reino onde reinava a alegria, a despreocupação e o pacifismo. Era o reino de João, o rei mais pacífico, mais justo e mais idealista que aquela grande ilha alguma vez conhecera. Esse jovem rei, tinha cabelos castanhos e olhos verdes, era alto e magro. Enfrentava qualquer desafio que lhe fosse imposto: o maior desafio até agora foi o de se tornar rei de parte do antigo reino de um feiticeiro. Na fronteira desse reino havia um vasto bosque de altos pinheiros, abetos, eucaliptos e muitas outras espécies de árvores, cujas copas eram de todas as formas, feitios e tamanhos imagináveis."
"(...)
Na cómoda, abriu a primeira gaveta e do fundo, tirou um envelope. Este já estava aberto e lá dentro encontrava-se uma carta que João já tinha lido várias vezes. Era uma carta com um carinho especial para ele. Abriu a carta e viu a letra da mãe escrita nela. No final da carta, estava a combinação de números e letras codificadas.
«1-15-0-3-15-14-20-18-1-18-9-15 Bg_ic»
Se fosse a primeira vez que via aquela carta, levaria o da todo a encontrar a solução. Mas não. Já tinha desvendado esta combinação há muito tempo, quando era adolescente. A solução encontrava-se escrevinhada na sua antiga letra, redonda e grande:
«Ao contrário 2-7-0-9-3»
(...)"
"(...)
De repente, o rei virou-se para a porta com os olhos arregalados, como quem tinha recebido uma notícia há muito esperada mas não acreditava no que ouvia. Este, que também pensava em repreender o criado pela sua desobediência, ficou ainda mais surpreendido quando viu que foi o comandante a desobedecer.
- Peço desculpa pela minha intrusão, majestade. Achei que devia saber da chegada do nobre o mais depressa possível. Aceitarei o castigo que lhe aprouver, majestade.
- Não, não irás receber castigo nenhum. Muito bem, que informação referiste há pouco? É sobre a minha chave?
- Sim, é sobre a chave de esmeralda que abre a caixa de sua majestade. Uma criatura terrestre trouxe a informação. Uma ninfa, segundo eu ouvi dizer. Ainda não tive oportunidade de a ver. A criatura disse ao nobre que revelaria quem tem a chave de esmeralda com a condição de ter uma audiência com sua majestade.
- Será deveras interessante falar com uma ninfa. Sempre pensei que a sua espécie estava extinta… Diz-lhe que aceito a sua condição.
O comandante saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Atravessou corredores, desceu escadarias, deu ordens aos criados e aos guardas do castelo, até que chegou ao salão. Este estava bastante iluminado, apesar das cortinas fechadas não deixarem passar a parca luz do sol escondido pelas nuvens e só haver duas velas acesas por cada mesa. O comandante da guarda real olhou para a fonte daquela imensa luminosidade. Surpreendeu-se ao ver uma criatura estranhamente parecida com uma humana a flutuar por cima de uma pequena mesa redonda, situada num dos cantos do salão mais afastados da porta. O comandante aproximou-se da pequena mesa.
A criatura tinha os olhos fechados. Parecia estar sentada de pernas cruzadas em cima de uma estrutura invisível.
(...)"
Episódios
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