Sinopse
Caídos…
Odiados…
Monstros…
Os Extenguius foram aceites como uma nova espécie pelo Destino. Porém, só depois do Planeta Terra, nosso planeta original, ter sido destruído. O Destino enviou profetas, Mestres da Evolução, que modificaram a Natureza dos Extenguius para que pudessem viver sem a Árvore Sagrada. Durante o primeiro milhar de anos, os Extenguius desenvolveram uma necessidade imprevista a essa evolução que só poderia ser aplacada com almas. E, por isso, foram criados os caçadores, uma organização que promove a paz e a ordem entre Humanos, Extenguius e Anjos.
Pelo menos, foi isso que tornaram público…
O meu nome é Juno e eu faço parte desta paz de fachada.
Caídos…
Odiados…
Monstros…
Os Extenguius foram aceites como uma nova espécie pelo Destino. Porém, só depois do Planeta Terra, nosso planeta original, ter sido destruído. O Destino enviou profetas, Mestres da Evolução, que modificaram a Natureza dos Extenguius para que pudessem viver sem a Árvore Sagrada. Durante o primeiro milhar de anos, os Extenguius desenvolveram uma necessidade imprevista a essa evolução que só poderia ser aplacada com almas. E, por isso, foram criados os caçadores, uma organização que promove a paz e a ordem entre Humanos, Extenguius e Anjos.
Pelo menos, foi isso que tornaram público…
O meu nome é Juno e eu faço parte desta paz de fachada.
Comentário da Autora
Esta é a terceira história da série Extenguius. Até agora, está escrita de uma forma totalmente diferente das duas primeiras. Os personagens e o enredo não estão inteiramente ligados às histórias anteriores, no entanto a presença de elementos das duas primeiras Extenguius poderá e será facilmente encontrada ao longo desta história. Foi escrita de forma a ser mantida na série, apesar de todas as diferenças, pelo que foi alterada na sua maioria (ou seja, reescrita do princípio ao fim). Aqui veremos algumas nuances de romance, também presentes nas histórias anteriores, porém não haverá qualquer romance que envolva a personagem principal (e não vou mudar de ideias em relação a esse ponto pois, sinceramente, estou um pouco farta da ficção carregada de romance entre protagonistas). Enquanto que as primeiras Extenguius são baseadas no mundo real e têm influência em pessoas reais, nesta história tive que construir um mundo completamente novo, criar um "background" credível para as personagens e a própria civilização (o que demorou um ano inteiro a fazer - mais até porque ainda hoje me surgem dúvidas sobre alguns detalhes e tenho que reescrever alguma coisa à conta desses pormenores – coisa que vou evitar fazer, agora que está completa; se houver algo que não esteja a 100% escrevo um “episódio” ou extra para o corrigir/completar).
Esta é a terceira história da série Extenguius. Até agora, está escrita de uma forma totalmente diferente das duas primeiras. Os personagens e o enredo não estão inteiramente ligados às histórias anteriores, no entanto a presença de elementos das duas primeiras Extenguius poderá e será facilmente encontrada ao longo desta história. Foi escrita de forma a ser mantida na série, apesar de todas as diferenças, pelo que foi alterada na sua maioria (ou seja, reescrita do princípio ao fim). Aqui veremos algumas nuances de romance, também presentes nas histórias anteriores, porém não haverá qualquer romance que envolva a personagem principal (e não vou mudar de ideias em relação a esse ponto pois, sinceramente, estou um pouco farta da ficção carregada de romance entre protagonistas). Enquanto que as primeiras Extenguius são baseadas no mundo real e têm influência em pessoas reais, nesta história tive que construir um mundo completamente novo, criar um "background" credível para as personagens e a própria civilização (o que demorou um ano inteiro a fazer - mais até porque ainda hoje me surgem dúvidas sobre alguns detalhes e tenho que reescrever alguma coisa à conta desses pormenores – coisa que vou evitar fazer, agora que está completa; se houver algo que não esteja a 100% escrevo um “episódio” ou extra para o corrigir/completar).
Capítulo 1 (excerto)
Levantei os olhos do ecrã onde lia o meu correio. No relógio de parede, um dos poucos objetos da Antiguidade que o meu tio se recusava a substituir, indicava a falta de cinco minutos para as seis da tarde, hora em que o pátio se enchia de histerismo. Agarrei no meu casaco e nas minhas ferramentas, vestindo a peça de roupa vermelha e prendendo a Argola de Noajande no cinto. Corri em direção ao pátio de acesso ao Dormitório dos Pesadelos, assim batizado pelos que lá viviam: Extenguius. Apesar de a sua existência ser conhecida de todos os humanos, a sua dieta não era. Por isso, a popularidade dos monstros, sem ofensa aos mesmos, era tremenda. O que aconteceria se as fãs apaixonadas descobrissem que os seus ídolos as querem matar? Uma pergunta à qual a resposta óbvia seria “fugiriam com medo”, certo? Errado! Ainda na semana passada uma fã descobriu e ofereceu-se ao Extenguius. Felizmente, encontrei-a a tempo. Como diz o regulamento, a sua memória foi apagada e a rapariga transferida. Já o Extenguius em questão odiava-me de tal modo que, se o olhar matasse, eu já teria morrido da forma mais cruel possível e imaginável. Enfim…
Fui a primeira a chegar à porta de acesso. Que estranho. Onde estava a histeria habitual? Rezei para que tivessem achado um ídolo humano e esquecido os monstros. Mas isso seria sorte a mais. O portão de ferro negro abriu, dando passagem aos vinte de uniforme azul-escuro. Pareciam todos aliviados com o silêncio. Bem, todos menos um: Igor Soan, também conhecido por Extenguius-que-me-odeia-mesmo-a-sério. O loiro mais popular que alguma vez tinha visto em toda a minha vida estava tudo menos satisfeito, aliviado, feliz ou quaisquer outras palavras que expressem contentamento com a situação. Dirigiu-me um olhar zangado… típico.
- O que fizeste às minhas fãs, Juno?
Eram raras as vezes em que elas não apareciam e eu era quase sempre a origem do motivo. Hoje era a exceção à regra pois eu não tivera que mexer uma palha para elas não aparecerem.
- Ela soltou Ursa.
Olhei para trás de mim. Adam estava encostado a uma das poucas árvores existentes naquele pátio com o uniforme azul-claro dos humanos vestido mas desarrumado. Assim como o seu cabelo. Provavelmente, teria fugido das aulas outra vez para ir dormir no jardim.
- Do que estás à espera, Juno? Vai prendê-la já!
Suspirei, olhando de lado para Igor Soan. Ele parecia esquecer-se que, se eu tivesse dito a verdade sobre como ele tinha aceitado a oferta da rapariga, ele não estaria ali. E, provavelmente, também não estaria vivo. Esta sociedade é muito picuinhas em relação a este tipo de coisas, atribuindo sentença de morte aos Extenguius por tudo e por nada. Talvez fosse por isso que ele me odiava tanto. Não por o ter interrompido mas por o ter salvo…
Encolhendo os ombros, fui a andar até ao poiso favorito de Ursa. Quase o pude ouvir a ranger os dentes de frustração. Quase. A minha audição não é assim tão boa.
O jardim frontal do edifício principal da escola era uma zona vasta com bancos e mesas de pedra cinza e relva fresca. Ao chegar ao local de corrida favorito de Ursa, professores e alunos riam, brincando com uma bola de pelo dourado enorme. Ia ser difícil apanhá-la e arrastá-la dali para fora agora que tinha a atenção de todos os humanos da escola. Exceto Adam, claro. Felizmente, ela nunca ignorava o som de Noajande a bater no metal negro das grades.
Corri para a entrada do dormitório dos professores, na parte de trás do edifício principal. Ao contrário dos outros dormitórios, não tinha qualquer vedação, muro ou mesmo sebe a delimitá-lo. Apenas possuía grades nas janelas do piso térreo que era de livre acesso e onde os visitantes ficavam antes de serem levados ao escritório do diretor da escola.
Tirei da Argola de Noajande o bastão prateado em miniatura. Este cresceu até ao seu tamanho original. Felizmente, o material indestrutível era incrivelmente leve, permitindo até a uma pessoa sem forças empunhá-lo. Bati com o bastão nas grades da janela, o som semelhante a um grande sino propagou-se até Ursa que apareceu a correr.
Minutos mais tarde, saí do edifício. Tinha conseguido prender Ursa no sótão embora soubesse que em breve se voltaria a soltar. No exterior, Adam esperava-me, aborrecido.
- Já estão todos nos dormitórios.
Sorri, aliviada. Significava que Ursa não daria problemas se se voltasse a soltar. Perto da entrada do edifício principal, Igor Soan esperava-nos com cara de poucos amigos. Se bem que dessa já esperava eu. Sempre que Ursa fugia ou era solta, o Extenguius aparecia para me massacrar a paciência.
- Juno, tens de controlar esse cão! Por sua causa não vi as minhas fãs.
De propósito, Soan deixou os seus olhos cobrirem-se de negro, os olhos de um comedor de almas. Pelo canto do olho, vi Adam agarrar na sua pistola atrás das costas. Agarrei essa mão que, como sempre, estava gelada, para o impedir de disparar sobre o Extenguius. E, como já estava habituada, o meu toque foi rejeitado. Adam entrou no edifício e subiu as escadas, provavelmente, em direção ao escritório do diretor da escola.
- Qual é o problema daquele?
Rolando os olhos, ignorei Soan e comecei a patrulhar os terrenos escolares. Esse era o meu trabalho.
(...)
Levantei os olhos do ecrã onde lia o meu correio. No relógio de parede, um dos poucos objetos da Antiguidade que o meu tio se recusava a substituir, indicava a falta de cinco minutos para as seis da tarde, hora em que o pátio se enchia de histerismo. Agarrei no meu casaco e nas minhas ferramentas, vestindo a peça de roupa vermelha e prendendo a Argola de Noajande no cinto. Corri em direção ao pátio de acesso ao Dormitório dos Pesadelos, assim batizado pelos que lá viviam: Extenguius. Apesar de a sua existência ser conhecida de todos os humanos, a sua dieta não era. Por isso, a popularidade dos monstros, sem ofensa aos mesmos, era tremenda. O que aconteceria se as fãs apaixonadas descobrissem que os seus ídolos as querem matar? Uma pergunta à qual a resposta óbvia seria “fugiriam com medo”, certo? Errado! Ainda na semana passada uma fã descobriu e ofereceu-se ao Extenguius. Felizmente, encontrei-a a tempo. Como diz o regulamento, a sua memória foi apagada e a rapariga transferida. Já o Extenguius em questão odiava-me de tal modo que, se o olhar matasse, eu já teria morrido da forma mais cruel possível e imaginável. Enfim…
Fui a primeira a chegar à porta de acesso. Que estranho. Onde estava a histeria habitual? Rezei para que tivessem achado um ídolo humano e esquecido os monstros. Mas isso seria sorte a mais. O portão de ferro negro abriu, dando passagem aos vinte de uniforme azul-escuro. Pareciam todos aliviados com o silêncio. Bem, todos menos um: Igor Soan, também conhecido por Extenguius-que-me-odeia-mesmo-a-sério. O loiro mais popular que alguma vez tinha visto em toda a minha vida estava tudo menos satisfeito, aliviado, feliz ou quaisquer outras palavras que expressem contentamento com a situação. Dirigiu-me um olhar zangado… típico.
- O que fizeste às minhas fãs, Juno?
Eram raras as vezes em que elas não apareciam e eu era quase sempre a origem do motivo. Hoje era a exceção à regra pois eu não tivera que mexer uma palha para elas não aparecerem.
- Ela soltou Ursa.
Olhei para trás de mim. Adam estava encostado a uma das poucas árvores existentes naquele pátio com o uniforme azul-claro dos humanos vestido mas desarrumado. Assim como o seu cabelo. Provavelmente, teria fugido das aulas outra vez para ir dormir no jardim.
- Do que estás à espera, Juno? Vai prendê-la já!
Suspirei, olhando de lado para Igor Soan. Ele parecia esquecer-se que, se eu tivesse dito a verdade sobre como ele tinha aceitado a oferta da rapariga, ele não estaria ali. E, provavelmente, também não estaria vivo. Esta sociedade é muito picuinhas em relação a este tipo de coisas, atribuindo sentença de morte aos Extenguius por tudo e por nada. Talvez fosse por isso que ele me odiava tanto. Não por o ter interrompido mas por o ter salvo…
Encolhendo os ombros, fui a andar até ao poiso favorito de Ursa. Quase o pude ouvir a ranger os dentes de frustração. Quase. A minha audição não é assim tão boa.
O jardim frontal do edifício principal da escola era uma zona vasta com bancos e mesas de pedra cinza e relva fresca. Ao chegar ao local de corrida favorito de Ursa, professores e alunos riam, brincando com uma bola de pelo dourado enorme. Ia ser difícil apanhá-la e arrastá-la dali para fora agora que tinha a atenção de todos os humanos da escola. Exceto Adam, claro. Felizmente, ela nunca ignorava o som de Noajande a bater no metal negro das grades.
Corri para a entrada do dormitório dos professores, na parte de trás do edifício principal. Ao contrário dos outros dormitórios, não tinha qualquer vedação, muro ou mesmo sebe a delimitá-lo. Apenas possuía grades nas janelas do piso térreo que era de livre acesso e onde os visitantes ficavam antes de serem levados ao escritório do diretor da escola.
Tirei da Argola de Noajande o bastão prateado em miniatura. Este cresceu até ao seu tamanho original. Felizmente, o material indestrutível era incrivelmente leve, permitindo até a uma pessoa sem forças empunhá-lo. Bati com o bastão nas grades da janela, o som semelhante a um grande sino propagou-se até Ursa que apareceu a correr.
Minutos mais tarde, saí do edifício. Tinha conseguido prender Ursa no sótão embora soubesse que em breve se voltaria a soltar. No exterior, Adam esperava-me, aborrecido.
- Já estão todos nos dormitórios.
Sorri, aliviada. Significava que Ursa não daria problemas se se voltasse a soltar. Perto da entrada do edifício principal, Igor Soan esperava-nos com cara de poucos amigos. Se bem que dessa já esperava eu. Sempre que Ursa fugia ou era solta, o Extenguius aparecia para me massacrar a paciência.
- Juno, tens de controlar esse cão! Por sua causa não vi as minhas fãs.
De propósito, Soan deixou os seus olhos cobrirem-se de negro, os olhos de um comedor de almas. Pelo canto do olho, vi Adam agarrar na sua pistola atrás das costas. Agarrei essa mão que, como sempre, estava gelada, para o impedir de disparar sobre o Extenguius. E, como já estava habituada, o meu toque foi rejeitado. Adam entrou no edifício e subiu as escadas, provavelmente, em direção ao escritório do diretor da escola.
- Qual é o problema daquele?
Rolando os olhos, ignorei Soan e comecei a patrulhar os terrenos escolares. Esse era o meu trabalho.
(...)