Hoje trago-vos a terceira parte do Concurso de Maio da página Ficwriter Facts (ou FWF) sujo tema é Inverno. As regras continuam a ser as mesmas que das outras duas vezes, só o tema é que muda.
Desta vez, decidi não continuar com Alice e a sua esplanada. Enquanto esperava a chegada de hoje, pus-me a pensar em que iria escrever sobre Alice no Inverno. Contudo, quando a imagem, com o boneco de
A neve branca estendia-se até onde o seu olhar conseguia ver. As árvores erguiam-se altas, resistentes ao frio daquelas montanhas. Não eram suficientemente altas para estarem cobertas de neve mas estavam tão a Norte que que o Inverno durava o ano todo. Nos dias como aquele, em que o céu se encontrava límpido e azul, animais e pessoas saiam dos seus esconderijos.
O grupo de humanos caminhava silenciosamente pela neve. Não queriam assustar as presas. A pequena aldeia dependia do quão bem fizessem hoje. Se conseguissem caçar o suficiente, conseguiriam aguentar até ao próximo e irregular dia límpido. Quase contrário, um período de sofrimento e fome era o que os esperava. Porém esse não era o seu maior problema. Os caçadores não precisavam de ser tão cautelosos para caçar as suas presas. O motivo por que estavam todos com os nervos em franja ainda não lhes tinha saído da mente.
Tinha sido uns dias antes, quando as primeiras neves começaram a cair na capital. O irmão mais novo do Imperador tinha vindo visitar a aldeia para caçar uma Besta Branca. Contudo, no próprio dia, ignorando os avisos dos aldeões, o jovem tinha morrido entre os maxilares de uma. Os caçadores, além de precisarem de comida, tinham que apanhar a Besta que tinha morto o irmão do Imperador. E, hoje, era o último dia que tinham para caçar. Se não conseguissem, passariam o prazo e a aldeia seria destruída.
Porém não era só pelo irmão do Imperador. Aquela Besta Branca tinha ganho gosto pelo sangue humano e duas outras pessoas já tinham morrido pelas suas garras. Tinham-na conseguido ferir mas, quando a neve voltou a cair, perderam-lhe o rasto. Histórias sobre as Bestas Brancas faziam os caçadores tremer de medo com o que os esperava. Caçadores exímios, as Bestas Brancas eram inteligentes o suficiente para planearem ataques surpresa, fortes o suficiente para derrubarem árvores adultas e cruéis o suficiente para matarem pelo prazer de matar.
Enquanto avançavam cautelosamente pelas árvores altas cobertas de neve, o grupo de caçadores nem se apercebeu que estava a ser seguido por duas Bestas Brancas, atraídas pelo cheiro das suas crias.
Já sabem como é. Deixem a vossa marca na página!
A Autora