Mas agora vamos ao final de Espectro que já devia de ter vindo mais cedo.
Alguns meses antes
Ela meteu-se no carro e agarrou-se ao volante com todas as suas forças. Aquilo não podia estar a acontecer. Não podia! Como? Como é que aquilo tinha acontecido? Como é que ela se tornara um Espectro? Não. Não. Não!
O seu telefone tocou mas ignorou-o. No meio do seu choro, nem sequer conseguia ouvir o toque. A porta do pendura abriu-se, assustando-a. O seu colega entrou.
- Não é tão mau quanto parece.
Ela olhou para ele de lado. Claro que ele pensava assim. Há já vinte anos que ele era um Espectro. Ele provavelmente já nem se lembrava o que era ser humano.
- Ao início, vai ser difícil controlar a dor. E outras coisas… mas afasta-te da organização por agora. Envia o relatório por mensageiro que eu trato do resto. Eu ajudo-te se assim quiseres porém vais ter de viver com humanos para que não te possam encontrar.
Parte 7
A minha irmã era uma péssima mentirosa. Trabalhava para uma organização de espionagem governamental cujo lema era a erradicação dos Imortais. Tinha-se casado com um terrorista. Tinha morto o seu marido para resgatar um colega de trabalho imortal. Tinha-se tornado um monstro, no processo. E agora estava a ser levada pelas forças policiais sem sequer se esforçar por escapar. Depois de todas as ameaças que me tinha feito, depois de tanta tortura emocional e de tanto temer ser levada, nem sequer tentava escapar? Qual era a ideia dela? Mas o que é que ela queria de mim? Dos meus pais? O que é que ela fora ali fazer então? O detetive tentava acalmar os meus pais que estavam desfeitos em lágrimas. A minha irmã olhou para mim com um sorriso apologético através da janela do carro. Os seus olhos mudaram e o carro explodiu.
E então acabou. Foi a última vez que nos vimos.
Como alguns de vocês se lembrarão, este mini-história foi escrita com a ajuda de Prompts ou desafios semanais da página FicWriter Facts. Tal como prometi na primeira parte, aqui estão os que eu utilizei na criação da história:
- Início: Minha irmã era uma péssima mentirosa.
- Fim: E então acabou. Foi a última vez que nos vimos.
- Outros: Eu só lhe estou contando isso porque você não será capaz de contar a mais ninguém.
Com o corpo tremendo em choque, ela deixou a adaga cair das suas mãos e correu.
Não se esqueçam de deixar a vossa marca na página.
A Autora
EliFCR