Esta etapa final seguia as mesmas regras que as anteriores com o tema, desta vez, sendo a Primavera, para surpresa de ninguém. Como sempre, tive dificuldades em iniciar a escrita pois não sabia o que escrever e deixei para a última da hora, como sempre, a escrita. Tenho que admitir, no entanto, desta vez fiz batota. Iniciei uma cena que era sobre a personagem que mais me lembrava a primavera, a personagem principal
Esta cena é baseada na história Anéis de Prata (que eu mais facilmente associaria ao Outono e ao Inverno que à Primavera, mas enfim...) entre as personagens Albert Dione, o protagonista masculino, e um personagem principal/secundário (ainda a debater se a importância que o personagem terá no futuro é suficiente ou não para o primeiro estatuto), chamado Leon Jervis. Espero que gostem destas 347 palavras que hoje tenho para vocês.
As árvores floridas dominavam o pátio da mansão. Pela janela, a beleza era muita, embora mínima àquelas horas da noite. Dione voltou a sua atenção de volta à sua tarefa. Dione odiava aquela situação mas não tinha outra opção. Desde que o seu segredo tinha sido descoberto por Alicia que deixara de ter opção. A sua mente estava tão atarefada que nem reparou que alguém tinha entrado na biblioteca. Àquela hora, os habitantes da mansão estavam todos na escola e a criada metediça tinha saído para ajudar o velho mordomo. Ou, pelo menos, era assim que deveria de ser. Dione gelou no lugar ao sentir a respiração quente de alguém no seu pescoço.
- Alicia chegará em breve e ainda não tomaste uma decisão. De certeza que queres continuar a jogar assim, tão perigosamente perto do precipício?
Dione reconheceu a voz fria de Leon Jervis. Virou-se para o encarar, forçando um sorriso. O Cientista da mansão estava tão perto de si que temeu ser descoberto. De novo. Ainda assim, fingiu a calma que não sentia. Que mais poderia fazer quando era confrontado tão diretamente? Não podia deixar transparecer as suas inseguranças ou seriam a sua queda. Tinha de sobreviver a todo o custo. Um pequeno sorriso trocista formou-se no rosto frio.
- Eu sei tudo. Foi relativamente fácil descobrir. Através do Hospital…
O rosto de Dione ficou pálido. Como poderia manter a calma depois do que tinha ouvido? O que tinha ele descoberto? O que sabia ele?
- Albert… Ou deverei dizer, Elsa?
O alívio percorreu Albert Dione. Risadas soltaram-se. O quanto o Cientista se tinha enganado. Como se tinha esquecido ele do que tinha feito? Fora alguns pacientes que se encontravam no corredor naquela manhã, não havia nada, nem mesmo câmaras de vigilância, que o pudesse ter posto lá ao mesmo tempo que Elsa. Toda a tensão tinha desaparecido do corpo de Dione que saiu da biblioteca, deixando a sua tarefa a meio. Não tinha por que temer. A menos que Alicia contasse e arriscasse a vida da sobrinha, não tinha por que temer.
E aqui está. O que acharam? Quais os vossos pensamentos sobre estes concursos e desafios?
Estava a pensar nos intervalos entre os desafios poderia fazer estas pequenas cenas só para o blogue se vocês estiverem interessados em ler. Um tema poderia ser escolhido por um de vocês leitores e na semana seguinte eu escrevia algo baseado nesse tema. Ou então, podemos fazer uma brincadeira em que vocês também podem escrever algo sobre o tema combinado e eu divulgava aqui no blogue, intervalando com os meus próprios textos ou, caso houvessem muitos envios, começava a postar a meio da semana.
Mas para isso, deixem a vossa marca na página!
A Autora